Compreender como a supremacia feminina influenciou — e ainda influencia — a formação de alunos é essencial para entender o papel das mulheres na educação. Esse mecanismo determinante para a superação dos paradigmas que envolvem o contexto histórico da função feminina no magistério é conhecido como feminização docente.
Dada a relevância desse tema abordaremos, sinteticamente, a história e a trajetória das mulheres nesse processo, principalmente na Educação Infantil. Apontaremos, ainda, algumas personalidades femininas que foram responsáveis por mudanças essenciais na dinâmica do ensino e aprendizagem. Acompanhe!
Veja a importância histórica de algumas mulheres na educação
Sob uma perspectiva histórica, há algumas razões determinantes para a supremacia das mulheres no magistério infantil. Vale destacar que, até o século XX, a função de magistério era, na prática, exclusivamente masculina. Devido aos aspectos culturais da época, cabia à mulher, somente a função tipicamente “natural” do gênero feminino: cuidar da casa, servir ao marido, ter filhos, costurar e bordar, por exemplo.
Somente algumas décadas depois, como fruto de idealização de filosofias modernas — ou de caráter até mesmo revolucionário —, as mulheres passaram a estudar, ganharam espaço em algumas áreas de trabalho tipicamente masculinas e conquistaram algumas mudanças.
Por questões culturais e disciplinares foi necessário instituir o papel de docência às mulheres, sobretudo na Educação Infantil. Tal mudança objetivava tornar esse trabalho o mais próximo possível da construção da imagem de uma professora relacionada aos cuidados maternos infantis.
Desse modo, sob a tutela feminina, o ensino primário era considerado a extensão da formação moral, intelectual e evolutiva, com base nos princípios de cidadania. Isso resultou no reconhecimento da função da mulher, não apenas como educadora, mas também como formadora dos cidadãos para o estado.
Conheça algumas mulheres influentes nessa área
Confira algumas personalidades que se destacaram no processo educacional ao longo da história.
Anne Sulivan
Anne Sullivan (EUA, 1866-1936) ficou cega na infância, mas mesmo com a limitação visual, conseguiu prosseguir nos estudos e, ainda jovem, se tornou professora particular de Helen Keller, uma menina cega e surda e que nunca tinha ido à escola.
Anne inovou os métodos pedagógicos da época e, por meio do tato, ensinou Helen a identificar objetos e relacioná-los a palavras. Assim, Anne ajudou a aluna a aprender diferentes idiomas, entre eles o inglês, alemão e a linguagem de sinais. Helen tornou-se ativista e escreveu 12 livros.
Maria Montessori
Maria Montessori (Itália, 1870-1952) conseguiu se formar em medicina, mas não exerceu a profissão porque, na época, a Itália era um dos países em que as mulheres não podiam examinar homens. Isso tornava a prática médica exclusivamente masculina.
Para realizar o sonho de ser médica, Montessori atendia crianças com deficiência em um setor da Universidade de Roma. Posteriormente, foi criado o método Montessori, que enfatizava a autoeducação e o aprendizado, segundo os próprios esforços e interesses da criança.
Débora Seabra
Débora Seabra (Brasil, 1981), mesmo com as limitações da Síndrome de Down conseguiu se formar em magistério. Atualmente, ela trabalha como professora assistente em Educação Infantil em Natal/RN. Débora é um exemplo de luta pelo processo de inclusão, o que demonstra, na prática, a força e a influência das mulheres para a formação dos alunos.
Como vimos, ao longo do processo histórico, a mudança no estigma quanto à função da classe feminina foi essencial às transformações na educação. Logo, essas alterações resultantes do trabalho — como também da competência e habilidade — das mulheres foram determinantes para a construção de uma nova configuração social, e que tanto influencia o futuro das próximas gerações.
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