A inovação dentro da sala de aula é muito importante para garantir o aprendizado e o desenvolvimento de todos os estudantes. Num mundo cada vez mais conectado, buscar meios de inserir a tecnologia no ambiente escolar é imprescindível. Dessa forma, o uso dos Recursos Educacionais Abertos é uma maneira de garantir a captação e a retenção de alunos e proporcionar sucesso para a instituição.

Pensando nisso, criamos este post com diversas informações acerca do assunto, relacionando o conceito com suas principais vantagens, além de avanços e desafios dentro desse campo. Continue a leitura!

No que consistem os Recursos Educacionais abertos?

A vida de professores, pedagogos e demais profissionais da educação é uma constante busca por conteúdos que sejam pertinentes ao ambiente escolar e que despertem o interesse de seus estudantes pela matéria. Assim, são muitos os docentes que buscam notícias em revista e jornais, além de músicas e livros para serem analisados em sala de aula. Outro fato comum é a utilização de canções populares para promover datas comemorativas e festas escolares.

Hoje em dia, com o acesso à internet, qualquer tipo de mídia está à distância de um clique, incluindo vídeos e animações. No entanto, mesmo que essas informações estejam disponíveis na web, isso não significa que elas possam ser copiadas ou reproduzidas. Isso porque esse tipo de prática esbarra na Lei de Direitos Autorais, podendo caracterizar uso indevido ou plágio — que pode culminar em multas para a instituição de ensino.

Pensando nisso, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura) criou os Recursos Educacionais Abertos (REA) que consistem em uma cooperação internacional pelo compartilhamento de material de ensino, aprendizagem e pesquisa que estejam disponíveis em domínio público.

A primeira vez em que o termo REA entrou em pauta foi durante o Fórum Mundial realizado em 2002 na sede da própria organização. Mas foi só em 2017 que esse assunto entrou na agenda de propostas e compromissos a serem cumpridos por governos e instituições.

No Brasil, a promoção de políticas públicas para incentivar esses recursos ainda está na fase inicial, mas alguns passos já foram dados. Mesmo que não exista uma legislação específica para a regulamentação da prática, já está em tramitação o Projeto de Lei 1513/2011 para definir o REA e estabelecer uma política de contratação de obras pelo poder público.

Se aprovada, a lei terá uma grande contribuição, visto que estabelecerá que obras intelectuais produzidas com dinheiro público retornem à sociedade na forma de recursos educacionais abertos.

Além disso, em novembro de 2018, o país sediou um encontro de educadores e pesquisadores do Mercosul para discutir, junto a entidades como o Ministério da Educação e CAPES, uma agenda para desenvolvimento dos REA. O foco foi a proposição de políticas e projetos públicos que possam contribuir para a democratização do ensino.

Quais são os seus principais desafios?

Um dos principais desafios de educadores e pesquisadores que acreditam no uso dos Recursos Educacionais Abertos como uma ferramenta inovadora de ensino é a ausência de incentivos, sobretudo na forma de recursos financeiros. Sem investimentos e financiamentos, a produção intelectual na área da educação fica limitada, o que prejudica projetos de pesquisa que possivelmente resultariam em um material em domínio público.

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Além disso, as diferenças linguísticas acabam limitando muito o compartilhamento de produção em diferentes nações. Na América Latina, por exemplo, a maioria do que se produz são nas línguas portuguesa e espanhola. Os países de língua inglesa acabam escolhendo produzir um conteúdo próprio em detrimento da tradução das obras latinas, o que acaba isolando o continente nesse sentido.

Também é preciso ter em mente que os REA, sozinhos, não resolvem deficits educacionais, devendo ser combinados com aulas de qualidade, infraestrutura e condições de ensino favoráveis para os estudantes de todas as séries. Um exemplo disso é a manutenção de uma rede de internet, computadores e até tablets, de modo que todos tenham acesso aos materiais disponíveis de forma digital na web.

Outra questão importante é que os professores e pedagogos precisam estar preparados para lidar com esse tipo de ferramenta. Para recém-formados, esse pode ser um assunto discutido e praticado durante disciplinas da graduação, mas para aqueles que já estão no mercado há mais tempo, é preciso buscar cursos de aperfeiçoamento para que essas fontes de pesquisa sejam usadas de maneira educativa.

Como os Recursos Educacionais Abertos podem ser vantajosos?

São grandes os benefícios gerados pela adoção dos REA no contexto escolar. O primeiro deles é ter acesso a novas tecnologias e metodologias de ensino desenvolvidas dentro do ambiente acadêmico. Quando artigos, livros e outras obras são utilizadas na sala de aula, os novos recursos pensados dentro das universidades podem ser aplicados nas escolas de forma mais rápida e menos burocrática.

Outra vantagem importante é a possibilidade de utilizar e adaptar recursos para a realidade de cada turma. Dessa maneira, conteúdos de geografia podem ser adaptados para cada região em que eles forem trabalhados, assim como estudos linguísticos podem ser direcionados de acordo com dialetos, gírias e expressões do dia a dia dos estudantes.

A produção de conteúdo que seja mais relevante para um determinado cenário evita a temida evasão escolar, promovendo a inclusão na sala de aula. Isso porque os materiais passam a conversar mais diretamente com os interesses dos que transmitem conhecimento e, também, dos que o recebem.

Além disso, o livro didático deixa de ser o único recurso pedagógico, diminuindo a dependência de crianças e jovens desse material que, muitas vezes, pode ser insuficiente. A ampliação das fontes de informação garante que existam materiais de todos os tipos e que os estudantes possam vencer diversos desafios, como o ENEM.

Como uma escola pode ter acesso a esses recursos?

Para ter acesso aos Recursos Abertos Educacionais, a escola deve buscar sites e plataformas que estejam em domínio público e ofereçam compartilhamento de informações para instituições de ensino. Também é preciso prestar atenção na veracidade dos dados e na confiabilidade da página.

Pronto! Agora, você já sabe o que são os Recursos Educacionais Abertos e como eles podem ser vantajosos na aplicação do ensino. Lembre-se de que a utilização de obras em domínio público impede problemas com direitos autorais e promove uma educação com mais recursos inovadores!

Aproveite a visita e entenda como superar os desafios da gestão escolar democrática!