“A fórmula da minha felicidade:
um sim, um não, uma linha reta, um objetivo.”
(Friedrich Nietzsche)
Temos o hábito de confundir desejos com metas. Desejo é uma expectativa consciente ou inconsciente de possuir ou alcançar algo. Mora no plano subjetivo, no mundo das aspirações e pode jamais se concretizar. Um exemplo muito comum de desejo ocorre quando dizemos: “Quero comprar uma casa”.
Já uma meta é revestida pela objetividade. Deve ser redigida e apresentar cinco características fundamentais. São elas:
- a) Especificidade. Uma meta deve ser amplamente definida. Comprar uma casa com 125 metros quadrados de área total, com três dormitórios e duas vagas para garagem é uma meta. Quanto maior seu detalhamento, mais palpável ela se torna. Assim, o ideal é que se definam cores e padrões de acabamento do imóvel projetado, entre outros aspectos.
- b) Mensurabilidade. Sua meta deve ser quantificável. A casa definida em nosso exemplo demandará que valor de investimento financeiro?
- c) Exequibilidade. A meta tem que ser alcançável, possível, viável. Assim, quanto você dispõe de recursos hoje e quanto deverá poupar a fim de adquirir o imóvel planejado?
- d) Relevância. A meta tem que ser importante, significativa, desafiadora. É evidente que uma casa atende a estes requisitos, pois confere segurança e estabilidade para quem a adquire. Mas imagine metas corporativas como a elevação da participação relativa no mercado. De nada adianta propor metas pouco ousadas que não estimulem e desafiem os membros da equipe.
- e) Temporalidade. A característica derradeira e mais negligenciada na redação de uma meta. É imprescindível determinar prazos para início e conclusão de uma meta.
Por isso, estabeleça e mantenha o foco. Várias flechas não garantem o acerto do alvo, e vários alvos confundem o arqueiro. Esteja preparado para os tombos – um obstáculo é apenas uma das etapas do seu plano. Use a vaidade e o dinheiro como bons estímulos, mas jamais como objetivos. Redija suas metas de forma nítida, cuidando para que elas sejam específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais. Dê-lhes todo seu esforço e imaginação.
Finalmente, lembrando Richard Carlson, “pense no que você tem, em vez do que gostaria de ter. A felicidade não pode ser atingida quando estamos o tempo todo desejando novas metas. Quando você focaliza não o que se deseja, mas o que tem, termina obtendo mais do que gostaria”.
* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de nove livros.
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