Sabemos que os diretores e coordenadores pedagógicos estão sempre preocupados em encontrar a melhor maneira de gerir suas escolas. Nesse sentido, um modelo interessante e que pode combinar muito com o perfil da sua instituição é a gestão escolar democrática.
Sua marca principal é a participação ativa de todos os membros na forma como a instituição é conduzida — o que traz vários benefícios, mas também apresenta alguns desafios. Felizmente, existem estratégias muito úteis para superá-los.
Neste post, veremos com mais detalhes quais são esses desafios e como é possível lidar com eles. Também, veremos com uma consultoria educacional é uma excelente alternativa para auxiliá-lo na gestão de sua escola. Vamos lá? Continue lendo para conferir!
O que é gestão escolar democrática
Como dissemos, trata-se de um modelo de gestão marcado pela participação coletiva na tomada de decisões e na execução de ações em uma instituição, envolvendo diretores, coordenadores, pais, professores, funcionários e estudantes na condução da escola.
É importante lembrar que essa gestão democrática tem amparo na Constituição Federal de 1988, na Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) e no Plano Nacional de Educação (PNE). Aliás, segundo a legislação brasileira, o modelo é um dos pilares da educação de qualidade, pois essa proximidade entre escola e comunidade traz inúmeros benefícios ao processo de aprendizagem e ao desenvolvimento dos estudantes.
A gestão escolar democrática caracteriza-se por uma gestão horizontal. Isso significa que a administração da instituição passa a ser descentralizada, e as opiniões de todos estão sempre presentes.
Além disso, há um zelo pela transparência das ações e da comunicação. Os diretores precisam divulgar e dar conhecimento de suas atitudes a todos os membros da comunidade. Isso porque se entende que não basta que todos participem das tomadas de decisão; essas decisões também precisam estar claras a todos os envolvidos.
Os principais desafios de uma gestão escolar democrática
Agora que o conceito já está mais claro, vejamos quais são os desafios que esse modelo oferece para a instituição, bem como algumas alternativas para superá-los na sua gestão.
Resistência aos processos democráticos
Ao implementar um novo modelo — especialmente quando se trata de um mais horizontal, como a gestão democrática —, é comum que as escolas enfrentem certa resistência por parte de diretores que ainda têm uma visão mais autoritária de como a gestão deve acontecer: geralmente, de maneira centralizada e verticalizada, com as decisões sendo tomadas sem tanta transparência.
Além dos diretores, professores também podem encontrar dificuldades para se integrar ao um sistema democrático. Muitos deles podem considerar mais cômodo apenas receber ordens e diretrizes do que, de fato, participar da gestão e da tomada de decisões.
De toda forma, para superar esse desafio são necessárias políticas de conscientização na escola, trabalhando a noção de que os processos dentro da instituição são benéficos para todos quanto são mais democráticos.
Diretores devem compreender que processos autoritários os afastam da comunidade, prejudicando uma boa gestão. Já os professores devem entender que, por mais que pareça cômodo não participar da gestão escolar, eles são peças fundamentais nesse processo: por terem contato direto e constante com os estudantes, eles têm uma visão privilegiada de quais são suas principais necessidades e anseios.
Falta de preparo dos profissionais
Muitos profissionais tiveram uma formação conservadora e trilharam um percurso curricular em que a gestão escolar democrática não era abordada. Assim, naturalmente, eles acabam não sendo capacitados para lidar com essa nova realidade.
Além do conhecimento teórico para isso, faltam-lhes algumas habilidades práticas, como capacidade de articulação e de aceitação por parte dos pares e da comunidade. Pode faltar, ainda, a aptidão necessária para associar o aspecto pedagógico ao aspecto administrativo da instituição.
Para ultrapassar esse problema, os diretores devem recorrer a cursos de atualização e capacitação. Inclusive, como a gestão escolar democrática é um modelo que está em voga atualmente, há vários workshops desse tipo disponíveis no mercado.
Além disso, cursos e reuniões constantes entre diretores, coordenadores e professores da escola servem como momento de troca de experiências e conhecimento nesse sentido. Tal intercâmbio, sem dúvida, contribui para que todos sejam mais capacitados e aptos a lidar com o novo modelo de gestão proposto para a instituição.
Desinteresse da comunidade
Ainda outro desafio a ser superado no contexto da gestão escolar democrática é a falta de interesse da própria comunidade, de pais e estudantes. Muitos acabam não percebendo a importância de participar nessa gestão da escola, e preferem ficar à margem do processo democrático.
No caso dos pais e responsáveis, o mais comum é que a falta de participação se dê por falta de tempo para dedicar-se à escola dos filhos. Já no caso dos estudantes — em especial dos adolescentes — a apatia comum à idade pode ser o obstáculo. Quanto à comunidade na qual a escola está inserida, o desafio é que, muitas vezes, ela não se vê como parte integrante da vida da instituição.
Em todos esses casos, para que a escola seja interessante aos olhos de todos é preciso conscientizá-los da importância dessa participação ativa na gestão da instituição. A criação de projetos educativos envolvendo todos os atores, por exemplo, faz com que o diálogo seja estabelecido e que as demandas de todos sejam ouvidas.
A importância de uma consultoria em educação
Enfim, como podemos ver, a gestão escolar democrática é um modelo muito interessante para você conduzir a sua instituição. Para usufruir ao máximo dela, é preciso contar com o envolvimento de toda a comunidade, pais, professores e estudantes, além de profissionais capacitados e um bom planejamento.
É importante ressaltar, entretanto, que não existe um modelo ideal de gestão. Você deve observar os objetivos e particularidades da sua escola para, então, decidir como a sua instituição será gerida. Assim, para garantir tudo isso, o ideal é contar com o auxílio de uma consultoria especializada em educação.
Essas consultorias atuam junto às escolas para diagnosticar problemas que estejam impedindo o seu crescimento. Após esse diagnóstico, serão propostas soluções e planos de ação específicos para superar obstáculos.
E aí, gostou deste texto? Então, não deixe de assinar a nossa newsletter para ter acesso a muitos outros conteúdos de qualidade, sempre em primeira mão!